A LOGICA INVISIVEL

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a logica absurda da poesia é sentir.
odeio a lógica mas amo o absurdo,
crio enigmas que serão desvendados só por mim,
a chuva acida de sonhos pela metade me fabrica,
goles de venenos subconscientes esfaqueia-me por dentro,
confesso que já decidi viver e não apenas existir,
apertarei o botão de autodestruição na hora vestical,
abismos abstratos percorrem o interior
dos meus olhos causando lagrimas
que so serão sentidas quando eu mergulhar em mim mesmo
escrevo agora sob o efeitos de cacos de vidros
formando a tez da madrugada.,
qual a lógica da tua alma e qual tua simetria?
se eu quisesse desvendar teu corpo
viajairia ate os confins procurando
rastros de finitas nuvens de desejos,
de qualquer formas as formas descritivas
nao cabem na memória soterrada de verdades,
o mundo dorme enquanto sonhamos acordados,
somos estranhos anjos poetas
nos versos infernais da cidade caótica,
caminhamos invisíveis pelo horror
pos-sonho e adentramos
com tubos de pura matemática
os números acorrentados no chão invulnerável,
sentimos a dor infitessima dor de ser
nós mesmo perante o mundo,
o mundo se ressente por termos o nosso próprio mundo,
ele quer nos alcançar não sendo ele mesmo,
quando nuvens de pensamentos
me carca gritando tempestuosidades
e soprando violentamente as paginas da poesia para longe
eu mergulho nela e não fujo,
termino poema como começo, sentindo por completo.
mesmo assim, o fracasso é um satélite
que paira nos meus ombros e observa-me sutilmente,
ilumindando meu mundo com cores crepusculares
e de aurora com tons feitos de noites oblíquos
e madrugadas que vagam solitárias a procura de companhia,
a solidao mais cheia de companhias solitárias é a solidão de si mesmo,
personagens caminham pela noite
e se arrastam com medo da manha
como seu houvesse um grande abismo a baixo das horas,
no diálogo espacial com meu amigo
as vezes estou do outro lado da conversa observando-me,
sou aquela fantasma que assusta-me,
a inquietude é como um vulcão
no centro gravitacional do meu coração desconsolado
meu grito nao é nem de liberdade nem de desespero
é um grito de quem engoliu o infinito.



By: João Leno Lima

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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