INTERMÉDIO

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Sem intermédios, o mundo caminha em múltipla desistência,
cansado, irremediável como crianças brincando no tempo-espaço.

Vermes televisivos e cifrões da inconsciência.

Se no passado estávamos em descaminho,
agora encontramos o precipício espiritual da carne:
shoppings Center e cartões oniscientes,
músicas feitas de blocos de gelo,
assoalhos que escondem metáforas...
Na cidade periférica, as avenidas levam ao sono,
num descampado com milhões de olhares famintos,
sou metade gente metade pássaro metade porções de açaí sintético
com fragmentos irreconhecíveis e líquidos,
mas na metrópole de gesso onde moro,
poetas trocam palavras por um gole de vinho qualquer.

 

 

 

 

 

 

cYBERNIC
27-12-11

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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